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quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

Os Escoteiros de Portugal

A Associação

A Associação dos Escoteiros de Portugal (AEP), é a primeira instituição escotista portuguesa, fundada em 1913, e a caminho do Centenário.

Representa, em Portugal, o escotismo interconfessional e plural.

Desde 1979 é uma instituição coeducativa destinada a rapazes e raparigas dos 6 aos 21 anos.

É uma organização juvenil e civil de carácter educativo, de livre adesão, alheia a partidarismos políticos, sem fins lucrativos e de âmbito nacional, tendo por finalidade contribuir para a educação integral dos jovens, ajudando-os a desenvolver as suas capacidades como indivíduos e a desempenhar um papel construtivo na sociedade.

A AEP promove a prática do Escotismo e desenvolve acções de:

  • Promoção e realização de actividades ao ar livre e em contacto com a natureza;
  • Protecção e educação ambiental;
  • Intervenção social;
  • Cooperação para o desenvolvimento;
  • Promoção do voluntariado social;
  • Educação para a saúde;
  • Promoção e educação para a paz;
  • Promoção da cultura;
  • Promoção do desporto;
  • Formação dos seus recursos adultos voluntários.
Na AEP, por forma a que cada membro possa desenvolver e participar em actividades e projectos aliciantes para a sua idade, os jovens agrupam-se por divisões etárias. Os desafios do programa escotista e a participação na tomada de decisões são progressivos e aumentam em cada divisão etária.

A AEP tem actualmente as seguintes divisões etárias:

Alcateia: dos 7 aos 10 anos

Tribo dos Escoteiros: dos 11 aos 1 anos

Tribo dos Exploradores: dos 14 aos 16 anos

Clã: dos 17 aos 21 anos

Qualquer jovem, rapaz ou rapariga, pode ingressar no Movimento Escotista directamente na Divisão correspondente à sua idade sem ter participado nas Divisões anteriores.

Liberdade Religiosa

Os Escoteiros de Portugal são os únicos representantes no nosso país, do escotismo interconfessional e plural, tal como foi concebido pelo fundador do Movimento.

Na Associação dos Escoteiros de Portugal coexistem muitas orientações religiosas, muito embora a maioria dos seus membros professe a religião Católica.

Desde a fundação que o princípio da liberdade religiosa tem sido respeitado e assegurado, assumindo-nos claramente como uma Associação interconfessional, através da consagração dessa característica nos estatutos e pela total independência relativamente a estruturas religiosas.

Defendemos a pluralidade e promovemos a cooperação e o respeito inter-religioso, bem como a adesão voluntária a princípios espirituais.

Um Pouco de História

Em 1911, o Tenente Álvaro Machado fundou em Macau o primeiro Grupo de Escoteiros em terras portuguesas. No ano seguinte, Lisboa viu também surgir o primeiro Grupo do continente português.

Os três primeiros Grupos de Lisboa fundaram, em 6 de Setembro de 1913, a Associação dos Escoteiros de Portugal (AEP).

Desde a sua fundação, alheia a credos religiosos e partidarismos políticos, a AEP conseguiu a admiração e o respeito dos portugueses e dos primeiros governos da República.

Com a presença de vários escoteiros no 1º Jamboree Mundial, realizado no ano de 1920, em Londres, a AEP inicia as suas representações oficiais e participa em muitos eventos internacionais do Escotismo, tendo tido a grata missão de receber Baden-Powell, o fundador do Escotismo, aquando das suas visitas a Portugal em 1929 e 1934.

A partir de 1936 e até ao 25 de Abril de 1974, a AEP sobreviveu com grandes dificuldades, sendo considerada indesejável pelo governo e alvo de perseguições e pressões. Pretendia-se com a extinção da AEP o reforço da Mocidade Portuguesa, movimento obrigatório e que nada tinha a ver com o método, os princípios e as finalidades do Escotismo.

Actualmente, a AEP conta com mais de 9000 jovens em 130 Grupos locais espalhados por todo o Continente e Regiões autónomas.

Ao celebrar noventa anos, a AEP continua a honrar e a orgulhar-se do lema proposto pelos seus fundadores: "Servir a Juventude".

  • Reconhecida como Benemérita (1917)
  • Membro fundador da Organização Mundial do Movimento Escotista (1922)
  • Recebeu a Cruz Vermelha de Mérito (1924)
  • Recebeu a Ordem de Benemerência (1931)
  • Recebeu a Medalha do Instituto de Socorros a Náufragos (1974)
  • Reconhecida de Utilidade Pública (1980)

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